A dificuldade para engravidar frequentemente leva as mulheres a procurarem os seus ginecologistas. Muitas vezes o fazem bem antes do que deveriam.
Um casal que mantém relações sexuais regulares sem nenhuma proteção, poderá levar até um ano para conseguir engravidar (na média leva seis meses). A não ser que o médico suspeite logo de que haja alguma causa provável de infertilidade (ciclos irregulares, suspeita de endometriose, síndrome dos ovários policísticos e outras), o casal somente deverá iniciar alguma investigação depois de cumprido este prazo (um ano). Observa-se, no dia a dia, que a ansiedade do casal é um fator que muitas vezes pode atrapalhar. Não são poucos os relatos de casais que, após decidirem partir para uma fertilização in vitro ou uma adoção, acabaram relaxando e engravidando de forma natural.
A infertilidade do casal é de causa masculina em 40 a 50% das vezes. A investigação no homem inicia com a realização do espermograma (exame do sêmen).
Este exame deve ser realizado em laboratórios de excelência, que demonstrem uma boa padronização dos resultados. Muitas vezes, pode ser necessário repetir o exame mais de uma vez. Havendo um resultado anormal, o homem deve ser avaliado pelo urologista.
Este poderá detectar doenças tratáveis com medicamentos ou cirurgia (varicocele, por exemplo).
As causas femininas em geral podem ser investigadas e tratadas pelo ginecologista. Podem ser divididas em dois grandes grupos: 1) alterações no ciclo menstrual que podem ocorrer devido a diferentes patologias, tais como a síndrome dos ovários policísticos, doenças da tireóide, hiperprolactinemia e outras. 2)doenças que provocam obstrução à passagem dos espermatozóides em nível do útero ou trompas:
sinéquias (aderências intra-uterinas causadas por infecção ou curetagem prévia), septos, miomas, endometriose, infecção pélvica (principalmente por Clamídia) e outras.
